Blog do Edyy

Assista: TV Santa Cruz faz reportagem em fazenda de Geddel invadida por índios em Potiraguá

Caso será apurado pela Polícia Federal de Vitória da Conquista

A TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia, esteve na fazenda e conseguiu conversar com um dos líderes da ocupação. O índio de Ararauã, que é do muncípio de Pau Brasil, disse que o terreno da fazenda já foi usado como cemitério por povos indígenas.

“A gente está lutando para estar no espaço onde tem um cemitério dos nossos antepassados. Essa terra aqui tem o espaço dos nossos antepassados”.

Em entrevista ao G1, o delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, que é coordenador da Polícia Civil de Itapetinga, disse que os depoimentos dos funcionários confirmam que a invasão do terreno foi feita por indíos. Por isso, diz que o caso será remetido para a Polícia Federal (PF), que é reponsável por atuar em situações que envolvam pessoas indígenas.

“Três funcionários disseram que eles estavam armados e falavam em dialetos, indicando que realmente se tratam de índios. Então, o caso irá para a PF”.

O delegado destaca que todos os funcionários que estavam na fazenda, e que foram feitos de reféns, foram liberados pouco após a ocupação. Ninguém foi ferido pelos índios.

A Fazenda Esmeralda foi invadida, por volta das 2h do sábado, por cerca de 25 homens que estavam armados com espingardas e outras armas longas.

Geddel está preso no complexo da Papuda, em Brasília, desde 8 de setembro. A prisão ocorreu três dias após a polícia ter encontrado R$ 51 milhões em cédulas em um imóvel supostamente utilizado por ele. Antes, ele já cumpria prisão domiciliar em Salvador. O G1 não conseguiu contato com a defesa de Geddel.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Geddel

Na última quarta-feira (20), o gabinete do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Cruz retirou a prioridade de tramitação que havia sido atribuída a um recurso do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso em Brasília.

O recurso diz respeito à prisão domiciliar de Geddel, decretada em julho. Geddel foi preso pela primeira vez por suspeita de obstruir investigações ao supostamente tentar impedir as delações do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. Dias depois, foi colocado em prisão domiciliar por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

A defesa do ex-ministro levou o caso ao STJ. Ao chegar lá, o processo foi cadastrado como de tramitação prioritária, um benefício previsto em lei para quem é portador de doença grave ou tem mais de 60 anos. Geddel tem 58 anos.

Após a descoberta pela Polícia Federal de R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento em Salvador – dinheiro atribuído ao ex-ministro –, ele teve de deixar a prisão domiciliar e foi levado para o presídio da Papuda, em Brasília.


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