Ana Carolina Calado, moradora do município de Encruzilhada, cidade a cerca de 98 km de Vitória da Conquista, e começou a sentir uma dor de dente. O que a família não imaginava é que o sintoma apontava para um problema muito maior: leucemia aguda, um tipo raro desse câncer.

“Ela está se sentindo desesperada porque está vendo o nosso sufoco, pedindo e implorando [pela vaga]”, disse Onorina Araújo, tia da paciente.

“Eles fizeram toda triagem, exames e dois dias após [os exames] foi constatado que ela estava com leucemia aguda. O hospital informou que seria um tratamento intenso e que eles não têm condições de fazer aqui por falta de habilitação [para o tratamento] então ela tem que ser transferida para Salvador, para fazer o tratamento lá [Salvador], em um hospital de referência”, detalhou Onorina Araújo. Por meio de nota, a Central Estadual de Regulação disse que está em busca de vaga para a paciente. Disse ainda que a disponibilidade de vagas nos hospitais ocorre apenas em duas situações: alta médica ou óbito. Neste cenário, não é possível sinalizar o dia que ocorrerá a transferência de um paciente. A gravidade do mesmo em relação ao total de solicitações é mais um fator de análise da equipe médica da Central Estadual de Regulação. Segundo a família, há mais de 20 dias o Hospital Geral de Vitória da Conquista emitiu um relatório solicitando a Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a transferência com urgência da paciente Ana Carolina Calado para uma unidade especializada em tratamento de leucemia aguda, já que o serviço não é oferecido na cidade do sudoeste da Bahia. Apesar da solicitação de urgência, nenhuma vaga surgiu. A família disse que chegou a ser informada que haveria vaga em dois hospitais na capital baiana e procurou a HGVC para saber, mas a informação não foi confirmada. Sem o tratamento adequado,o estado de saúde de Ana Carolina está ficando mais grave e a família teme que ela não resista. “Uma angústia muito grande e difícil saber que a gente não pode fazer nada”, disse Glauber Araújo, marido da paciente. As informações são do G1