Blog do Edyy

Ilhéus: Suplente de vereador preso em operação que apura desvio de R$ 20 milhões toma posse

Edil pediu licença de 60 dias, segundo a Câmara de Ilhéus, e policial militar assumiu cadeira no legislativo.

O suplente, o policial militar Luís Carlos dos Santos, assumiu a cadeira após Ocké pedir licença do cargo por 60 dias. A Câmara informou que, durante o afastamento, o vereador, que está no Presidio Ariston Cardoso, em Ilhéus, não será remunerado, mas os assessores dele vão poder continuar na Câmara. Ocké foi o vereador mais votado na cidade nas eleições municipais de 2016.

De acordo com o regimento interno da Casa, os vereadores têm direito de ficar afastados por até 120 dias durante o ano. O legislativo disse, ainda, que vai aguardar posicionamento da Justiça para tomar qualquer decisão definitiva com relação ao mandato do vereador.

Segundo a TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia no sul do estado, a defesa do vereador Jamil Ocké informou que o político nega as acusações e que pediu a revogação da prisão preventiva do cliente, decretada pela Justiça no dia 30 de março. A defesa alega que o MP não deixa claro qual foi a responsabilidade do vereador no esquema investigado.

Operação

Além de Ocké, outras duas das seis pessoas presas durante a operação do MP, batizada de Citrus, tiveram a prisão preventida decretada por suspeita de envolvimento no esquema. Todos são suspeitos de fraudes em licitações de compra de materiais de escritório e alimentos para a prefeitura de Ilhéus entre 2009 e 2016.

Segundo a investigação, Ocké participou do esquema quando era secretário de Assistência Social da prefeitura, de 2013 a 2015.

Outro ex-secretário da mesma pasta, Kácio Clay Silva Brandão, também teve prisão preventiva decretada, assim como o empresário, Enoch Andrade. Eles permanecem no Presídio Ariston Cardoso, no município.

Um homem que era considerado “laranja” das empresas foi liberado do presídio. Assim como ele, a mulher de Enoch Andrade, também foi solta.

O MP informou que não solicitou a prisão preventiva deles porque não foram encontradas provas contundentes para mantê-los presos, mas alertou que eles seguem como réus no processo.

Por meio de nota, a prefeitura de Ilhéus informou que a operação do MP não tem relação com a atual administração. De acordo com a gestão do município, os mandados de busca e apreensão são referentes ao período de gestões anteriores, entre 2009 e 2016.

A Câmara dos Vereadores também emitiu uma nota e informou que colobarou com a operação prestando todas as informações necessárias. De acordo com o MP-BA, a investigação começou em 2015, mas o grupo já atuava desde 2009. A suspeita é de que as empresas envolvidas tenham lucrado mais de R$ 20 milhões com as fraudes em licitações.


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